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MARIDO DE ESTUDANTE DE MEDICINA SE DESESPEROU AO SABER QUE ELA TINHA MORRIDO EM ACIDENTE: 'PARTE DE MIM SE FOI'


O marido da estudante de medicina que morreu em um acidente de carro na BR-060 se desesperou ao saber da morte da companheira. O também estudante Guilherme Sampaio Cardoso, de 22 anos, contou ao Site que soube do falecimento de Paula Abrantes da Silva pela mãe dele, no hospital, depois da primeira cirurgia. Ele está internado em estado estável na Santa Casa de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

"Nossa senhora. Não tenho nem explicação. É um 'trem' que não sei descrever. Foi tirado tudo de mim. A gente vivia juntos todos os dias. Éramos grudados 24 horas. Então, uma parte de mim se foi", disse Guilherme.

Morte de estudante de medicina causa comoção nas redes sociais, Goiás — Foto: Reprodução/Instagram de Lorena Valadares

O acidente aconteceu no dia 18 de agosto. Muito abalada, a mãe de Guilherme, Keila Sampaio, de 48 anos, disse que o filho ficou tão desesperado ao saber da morte de Paula que desejou não ter sobrevivido. "Foi muito difícil. A reação dele foi de desespero. Ele ficou dizendo que queria ter ido no lugar dela. Eles se davam muito bem, foram bastante felizes juntos", contou Keila ao Site.

Guilherme conta que ele e Paula estavam juntos há mais de três anos. Ela já estava no quinto ano de medicina, já entrando no período de residência. Ele cursa o terceiro ano da faculdade.

Sobre o momento do acidente, Guilherme disse que só se lembra de "vultos" depois da última imagem da qual se recorda com clareza: o momento em que a caminhonete foi em sua direção, na BR-060. "Eu estava na minha via. A rodovia é de pista simples. Eu lembro que um caminhão estava vindo na outra via, no sentido contrário. De repente, só vi uma caminhonete na minha frente e veio o choque. Na hora, eu ainda gritei 'não' e apaguei", descreveu o rapaz.

Acidente
Segundo a Polícia Rodoviária Federal do Mato Grosso do Sul, o carro em que Paula estava com o marido foi atingido de frente por uma caminhonete, que invadiu a contramão. O acidente aconteceu quando eles voltavam de Alexânia para o Paraguai. Guilherme contou ao g1 que eles já estavam chegando a Campo Grande, onde fariam uma parada.

"Era comum a gente ir e voltar de carro. A gente estava muito acostumado com esse percurso. A gente só foi uma vez de ônibus, em maio deste ano, porque o carro estava no conserto", disse Guilherme, acrescentando que trafegava em baixa velocidade no momento do acidente.

Guilherme precisou passar por duas cirurgias, uma na tíbia, na perna esquerda, e outra na bacia, no lado direito. Ele conta que está bem, mas com muitas dores, em função dos procedimentos cirúrgicos. Segundo Guilherme, os médicos ainda não lhe deram previsão de alta.


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